Mateus da Costa Meira, responsável por um ataque que resultou na morte de três pessoas e feriu outras quatro em um cinema localizado no Morumbi Shopping, em São Paulo, foi liberado da prisão após cumprir 25 anos de pena. Ele estava internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador desde o seu julgamento.
O crime, que chocou o Brasil, ocorreu em 1999, quando Mateus utilizou uma submetralhadora para realizar os disparos. Julgado em 2004, ele recebeu uma pena de 120 anos e seis meses. Contudo, em 2007, essa sentença foi reduzida para 48 anos e nove meses. A decisão sobre sua soltura foi divulgada em 18 de setembro, após a Justiça considerar novas diretrizes da política antimanicomial que recomendam a internação apenas em casos excepcionais.
Os peritos do hospital onde Mateus estava internado avaliaram que ele estava apto a retornar à vida em sociedade. A Justiça condicionou sua desinternação a um acompanhamento psicológico em uma rede privada vinculada ao seu plano de saúde, além de manter um bom relacionamento com familiares e amigos, e cumprir recolhimento domiciliar noturno.
Durante sua permanência no sistema prisional da Bahia, Mateus enfrentou problemas disciplinares, incluindo uma acusação em 2009 de tentar assassinar um colega de cela. Em 2011, a 1ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador o considerou inimputável, reconhecendo que ele sofria de esquizofrenia, o que influenciou nas decisões sobre sua pena e tratamento.
A saída de Mateus da Costa Meira do sistema prisional levanta questões sobre a segurança pública e a reintegração de indivíduos que cometeram crimes violentos, especialmente em casos tão marcantes e trágicos quanto o que ocorreu no Morumbi Shopping.