A pequena cidade de Heliópolis, no nordeste da Bahia, continua em luto e consternação após um trágico atentado que resultou na morte de quatro adolescentes na última sexta-feira (18). O massacre ocorreu na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental D Pedro I, onde um aluno disparou uma arma de fogo, deixando outros cinco feridos e em estado de choque. Com a comunidade devastada, ainda não há previsão para o retorno das aulas, que se mantém suspensas em um povoado que conta com cerca de 1.000 moradores.
Em resposta à tragédia, a cidade receberá uma equipe de profissionais de saúde mental que iniciará o atendimento especializado aos alunos sobreviventes na próxima segunda-feira (21). O promotor de Justiça Alison Andrade, que está acompanhando a situação, destacou a importância desse suporte psicológico para ajudar os jovens a lidarem com o trauma. “Uma equipe formada por psicólogos, psicopedagogos e assistentes sociais está pronta para iniciar o trabalho de acolhimento, visando evitar consequências futuras do trauma vivido”, afirmou.
O trabalho de acolhimento integrado, promovido pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), busca não apenas apoiar os alunos, mas também conscientizar as famílias sobre a necessidade de acompanhamento psicológico. “Mesmo que os alunos e suas famílias digam que está tudo bem, podem surgir efeitos colaterais que passam despercebidos. É essencial que essa população receba o suporte necessário para evitar problemas a longo prazo”, completou Andrade, enfatizando que a intervenção precoce é crucial neste momento delicado.