Durante a Cúpula dos Brics, o Brasil adotou uma posição firme em relação aos conflitos globais, especialmente criticando a operação militar israelense na Faixa de Gaza. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, descreveu a ação israelense como uma “punição coletiva” aos palestinos, enfatizando que a resposta a um ataque terrorista não pode justificar o que ele classificou como genocídio.
Vieira condenou a quantidade desproporcional de ataques aéreos em Gaza, afirmando que os bombardeios superaram as destruições de cidades como Dresden e Londres durante a Segunda Guerra Mundial. Ele também fez um apelo para que o mundo reconheça o papel de iniciativas de paz lideradas por países do Sul Global, como a proposta da Liga Árabe e a mediação do Catar.
Embora tenha ressaltado a gravidade da situação em Gaza, o chanceler optou por um tom mais moderado ao se referir à invasão da Ucrânia pela Rússia, destacando que a paz na região só será alcançada com o reconhecimento da necessidade de um Estado palestino independente. Sua fala levantou questionamentos sobre a postura brasileira em relação a diferentes conflitos e a responsabilidade das nações em defesa dos direitos humanos.