O ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), foi o 11º integrante do primeiro escalão a ser substituído no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o início do atual mandato, em janeiro de 2023. A saída de Lupi ocorre em meio a revelações de um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Investigações conduzidas pela Polícia Federal apontaram que associações voltadas ao atendimento de aposentados e pensionistas vinham cadastrando beneficiários de forma irregular, utilizando assinaturas falsificadas para autorizar o desconto de mensalidades diretamente dos valores pagos pelo INSS. O montante desviado pode ter alcançado cerca de R\$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.
Durante audiência na Câmara dos Deputados, Lupi admitiu ter ciência das irregularidades no sistema, no entanto, afirmou não saber a real dimensão dos desvios. O ex-ministro afirmou ser favorável à punição dos envolvidos e reconheceu sua responsabilidade pela indicação de Alessandro Stefanutto, que presidia o INSS e foi demitido em meio ao escândalo.
A saída de Lupi marca mais um capítulo nas mudanças ministeriais promovidas por Lula em pouco mais de um ano de governo, refletindo a pressão por resultados e a necessidade de resposta rápida a casos de corrupção e má gestão. O Palácio do Planalto ainda não anunciou oficialmente o nome do substituto para o comando da Previdência Social.