terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Conab prevê crescimento recorde de 8,3% na produção de grãos

Foto: Wenderson Araujo / Trilux

por Leonardo Souza

Publicado em 15/10/2024,

às 20h30

Um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta um crescimento recorde de 8,3% na produção de grãos do Brasil para a temporada 2024/25, atingindo 322,47 milhões de toneladas. Se essa estimativa for confirmada, haverá um aumento de 24,5 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.

A estimativa faz parte do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado nesta terça-feira (15). O estudo também prevê um aumento de 1,9% na área plantada, totalizando 81,34 milhões de hectares destinados à produção nesta safra.

De acordo com a Conab, a área destinada ao cultivo de arroz aumentou 9,9% em comparação ao ciclo anterior. Esse crescimento foi observado em todas as regiões do Brasil, com destaque para o Centro-Oeste, que apresentou um aumento de 33,5%, e o Sudeste, com um crescimento de 16,9%.

“Só em Mato Grosso, os produtores vão destinar mais de 133 mil hectares para cultivo do grão, elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. Em Goiás, o aumento chega a 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica alta de 25,1%”, informou a Conab.

A Região Sul, que é a principal produtora de arroz do Brasil, também está aumentando sua área de cultivo, prevendo-se que alcance 1,16 milhão de hectares.

“Esse cenário influencia na expectativa de maior produção, com a colheita estimada em 12 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018”, segundo a companhia.

Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, a expectativa é que o Brasil retorne aos níveis das maiores colheitas de arroz de sua história.

“Isso é resultado do trabalho de produtores em parceria com o governo federal, que voltou a elaborar políticas para todo o campo agrícola, contemplando pequenos, médios e grandes produtores”, justificou.

A Conab projeta um aumento na área destinada à produção de feijão, passando de 2,86 milhões de hectares na safra 2023/24 para 2,88 milhões de hectares no ciclo atual.

“Cultivado ao longo do ano, a maior elevação é esperada para a área semeada na primeira safra da leguminosa, com alta de 2,3%, sendo estimada em 881,3 mil hectares, resultando em uma produção de 947,3 mil toneladas”, informou a Conab.

A produção total de feijão no Brasil, levando em conta os três ciclos de cultivo, deverá alcançar 3,26 milhões de toneladas, um aumento de 0,5% em relação à safra anterior.

A Conab também prevê um aumento na área de cultivo de soja, estimando uma elevação de 2,8% em relação à safra anterior. No entanto, esse crescimento é o terceiro menor percentual desde o ciclo 2009/2010, influenciado pelo atraso no início das chuvas, especialmente no Centro-Oeste. A produção esperada para esta safra é de 166,05 milhões de toneladas.

A expectativa para a safra de milho é de uma recuperação de 3,5%, com a produção total estimada em 119,74 milhões de toneladas. A área cultivada deve se manter estável, em cerca de 21 milhões de hectares.

“Na primeira safra do cereal, tanto a produção como a área cultivada a expectativa é de redução de 1,1% e 5,4% respectivamente, passando para 3,76 milhões de hectares semeados, com a produção estimada em 22,72 milhões de toneladas”, detalhou a Conab.

Para o algodão, a Conab projeta um aumento de 2,9% na área destinada ao cultivo, atingindo um total de 2 milhões de hectares. A produção de pluma está estimada em 3,67 milhões de toneladas, de acordo com o primeiro levantamento da safra.

“A primeira expectativa de produção acima de 12 milhões de toneladas para as culturas de inverno não se confirmou, influenciada principalmente pelas condições climáticas nas regiões produtoras. O trigo, principal cultura dentre os cultivos de inverno, teve a previsão de safra reduzida para 8,26 milhões de toneladas”, explicou a Conab.

De acordo com a companhia, o resultado foi influenciado por condições climáticas desfavoráveis, especialmente no Paraná, onde houve períodos de estiagem e ausência de frio intenso. Além disso, a ocorrência de geadas em agosto impactou negativamente a produção agrícola na região.

Se o aumento da produção de arroz se confirmar, espera-se que a oferta interna cresça, o que deve pressionar os preços para baixo. No entanto, de acordo com a Conab, mesmo com a possível queda nos preços, a rentabilidade dos produtores deve ser preservada, já que o crescimento da produção será acompanhado por um aumento nas exportações, que poderão chegar a 2 milhões de toneladas.

Em relação ao milho, a Conab está monitorando de perto a safra de verão na América Latina para avaliar o potencial exportador da região, onde Brasil e Argentina são os principais produtores. Uma menor oferta de milho na América do Sul pode contribuir para a recuperação dos preços no mercado internacional.

As exportações de milho estão estimadas em 34 milhões de toneladas para o ciclo 2024/2025, enquanto a demanda interna pelo grão deve permanecer forte, impulsionada pelo bom desempenho do mercado de exportação de proteína animal e pela produção de etanol.

As exportações de soja para este ciclo devem alcançar 105,54 milhões de toneladas, impulsionadas pelo aumento da produção e pela crescente demanda global, especialmente da China. Os estoques finais estão projetados em 4,16 milhões de toneladas.

“No caso do trigo, os danos causados pelas adversidades climáticas no Paraná influenciam na valorização dos preços do cereal no mercado doméstico. O clima adverso em outras importantes regiões produtoras no mundo, bem como os conflitos geopolíticos enfrentados também foram fatores para a alta nas cotações verificadas”, informou a Conab.

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