Em uma reunião convocada para esta segunda-feira, o Partido dos Trabalhadores (PT) passou por um momento de tensão após o segundo turno das eleições municipais. O encontro abordou a urgência de uma reforma ministerial e a necessidade de um “freio de arrumação” no governo. A reunião atraiu a atenção da mídia, com a CNN reportando que membros do partido demonstraram apoio à presidente Gleisi Hoffmann, enquanto dirigiam críticas contundentes ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Durante o encontro, Padilha fez uma analogia futebolística, sugerindo que o PT está atualmente no “Z4”, ou seja, a zona de rebaixamento da política nacional, e enfatizou a importância de uma “profunda avaliação” sobre a situação do partido. Essa declaração gerou reações intensas entre os participantes, incluindo críticas de Jilmar Tatto, deputado federal e secretário de comunicação do PT.
“É inaceitável que um ministro de Estado, em vez de cuidar do governo, faça uma coisa desrespeitosa como essa. É um desrespeito com o seu próprio partido. O que vemos é que esse entorno do presidente Lula é que está descredenciado. Ali sim, é tudo várzea. E é fundamental que a gente tenha um freio de arrumação”, afirmou Tatto, enfatizando a necessidade de renovação e ajustes na liderança do partido.
A reunião reflete um momento crítico para o PT, que busca se reestruturar após os desafios enfrentados nas eleições municipais e ajustar sua estratégia política à luz das atuais demandas e críticas internas.