terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Insegurança na Uneb: Alunos relatam medo após tiroteio nas imediações do campus

Atividades acadêmicas são suspensas enquanto comunidade clama por mais segurança

Foto: Marina Silva/CORREIO

por Tabitha Gomes

Publicado em 04/10/2024,

às 11h40

Na noite da última quarta-feira (02), um episódio de violência nas imediações da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no bairro de Tancredo Neves, gerou insegurança e levou à suspensão das atividades no campus do Cabula na manhã da última quinta-feira (03). Em comunicado oficial, a Uneb afirmou ter acionado as forças de segurança para apurar o ocorrido e implementar medidas que garantam a proteção dos estudantes, servidores e moradores da região.

O tiroteio deixou uma pessoa ferida, que acabou entrando nas dependências da universidade e tentou acessar o Restaurante Universitário (RU), provocando pânico entre os presentes. “O cara baleado sangrando está lá sentado na frente do RU”, relatou um estudante em um grupo de mensagens, enquanto servidores e alunos evacuavam o local.

Medo constante entre os estudantes

Embora as aulas estivessem suspensas nesta quinta-feira devido à greve docente que começou no dia 27 de setembro, o episódio de violência reacendeu a sensação de insegurança entre os alunos da Uneb. Muitos afirmam que o medo de transitar nas proximidades do campus, especialmente à noite, já faz parte de sua rotina.

“Eu já deixei de ir à faculdade no semestre passado por medo da insegurança, principalmente quando ocorreram operações nos bairros ao redor da Uneb”, relatou um estudante de ciências contábeis. Ele também mencionou que, como as aulas noturnas terminam às 22h, ele tenta sair antes do fim da aula para evitar circular pelo campus quando este está deserto.

A proximidade da Uneb com o bairro da Engomadeira e a ausência de barreiras físicas claras entre a universidade e a comunidade local são fontes de preocupação para os alunos. Historicamente, a universidade mantém uma integração social com a região, que tem origem no Quilombo do Cabula, o que explica a falta de muros separando a instituição da área ao redor. No entanto, os estudantes agora reivindicam a instalação de cercas e catracas para controlar o acesso ao campus.

Medidas de segurança e apelo por mudanças

O pedido por mais segurança não é novo entre os estudantes, mas foi intensificado após o recente tiroteio. A passagem aberta que liga o bairro à universidade, conhecida pelos alunos como “o buraco”, tem sido uma rota frequentemente utilizada por moradores, mas também por criminosos e pela polícia durante operações na área. Os alunos argumentam que essa vulnerabilidade precisa ser abordada com urgência, pois tem aumentado o risco de episódios como o de quarta-feira.

Com a retomada das atividades prevista para ocorrer após a greve dos professores, a Uneb e as autoridades locais estão sob pressão para encontrar soluções que protejam a comunidade universitária. Enquanto isso, o temor de novos incidentes persiste, afetando a rotina acadêmica e a sensação de segurança dos alunos que frequentam o campus.

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