Uma nova variante da Covid-19, denominada XEC, está se propagando rapidamente em três estados do Brasil. Identificada como parte da linhagem da variante Ômicron, a XEC apresenta um alto grau de transmissibilidade, segundo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que notificou o Ministério da Saúde sobre a descoberta.
Os primeiros casos foram detectados em amostras coletadas no Rio de Janeiro, em Santa Catarina e em São Paulo. As amostras de Rio e Santa Catarina foram obtidas em setembro de 2024, enquanto a amostra paulista remonta a agosto. A XEC já foi identificada em pelo menos 35 países, destacando-se pela sua rápida disseminação.
Em 24 de setembro de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a XEC como uma “variante sob monitoramento”. Esse tipo de alerta é emitido quando uma nova linhagem de um vírus apresenta mutações suspeitas de alterar seu comportamento, com indícios iniciais de “vantagem de crescimento” em relação a outras variantes em circulação.
Fiocruz também destacou que a variante começou a chamar a atenção internacional entre junho e julho de 2024, especialmente na Alemanha, onde foi registrado um aumento significativo de casos. Os especialistas sugerem que a XEC pode ter surgido devido à recombinação genética entre cepas anteriores do coronavírus, um processo que pode gerar variantes com novas características.
Com o aumento dos casos na Europa e a detecção da variante no Brasil, as autoridades de saúde mantêm o alerta, enquanto continuam a acompanhar a evolução da XEC e suas possíveis implicações no combate à pandemia.