Em uma ação coordenada durante o período eleitoral, a Polícia Federal (PF) apreendeu mais de R$ 21 milhões que estavam sendo utilizados para a compra de votos em diversas regiões do Brasil. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, revelou os números no último domingo (06), ressaltando que o valor representa um novo recorde para esse tipo de operação.
Comparado aos anos anteriores, o montante apreendido mostra um salto considerável: em 2022, foram interceptados R$ 5 milhões, enquanto em 2020 o valor ficou em R$ 1 milhão. Apenas um caso recente em Belém, no Pará, resultou na apreensão de R$ 1.149.300 em dinheiro não declarado na última sexta-feira (4).
Além do Pará, a Bahia também foi alvo das operações. Em Caraíbas, uma servidora pública teve um mandado de busca e apreensão cumprido após suspeitas de que estaria envolvida em um esquema de compra de votos. Segundo as investigações, ela oferecia R$ 800 por eleitor para favorecer um candidato a prefeito e ainda prometia empregos na prefeitura, caso o candidato obtivesse vitória.
A operação da PF reflete uma estratégia mais rigorosa para combater a corrupção eleitoral, especialmente em um ano marcado por denúncias de práticas ilícitas em diversas cidades do país. As apreensões e os alvos das investigações indicam que a compra de votos continua sendo um problema significativo, e a promessa de emprego público em troca de apoio político também segue presente nas práticas de alguns candidatos.
Os desdobramentos dessas operações devem trazer novas informações nos próximos dias, com a expectativa de que o número de envolvidos e de recursos bloqueados possa aumentar. A PF permanece ativa no monitoramento e execução de ações preventivas e repressivas para garantir a lisura do processo eleitoral e proteger a escolha livre e democrática da população.