Em uma reviravolta judicial envolvendo o cantor Gusttavo Lima, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal do Recife, decidiu na última terça-feira (24) pela revogação do mandado de prisão preventiva contra o artista. Lima estava sendo investigado em um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo apostas e jogos ilegais, operação que também incluiu a prisão da influenciadora Deolane Bezerra.
O cantor sertanejo, conhecido como “Embaixador” por seus fãs, teve sua prisão decretada após suspeitas de que estaria envolvido em dar fuga a investigados da Operação Integration, da Polícia Civil. O ponto-chave que despertou o interesse dos investigadores foi a venda de um jato da empresa do cantor, a Balada Eventos e Produções, para a empresa Vai de Bet, supostamente utilizada para transportar empresários investigados.
Em sua decisão, o desembargador Maranhão também determinou a anulação de outras medidas cautelares impostas ao artista, como a suspensão do passaporte e a apreensão de seu certificado de registro de arma de fogo. “Afasto, também, a suspensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo, bem como de eventual porte de arma de fogo e demais medidas cautelares impostas”, declarou o magistrado.
A prisão preventiva havia sido decretada pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. No mandado original, a juíza argumentava que o jatinho de Lima teria decolado de Goiânia rumo à Grécia e às Ilhas Canárias, onde os empresários investigados, José André da Rocha Neto e Aisla Sabrina Rocha, teriam desembarcado.
Com a decisão de hoje, Gusttavo Lima se vê temporariamente livre das acusações, mas a investigação ainda segue em curso, levantando questionamentos sobre o envolvimento do cantor com figuras centrais no esquema de lavagem de dinheiro. A defesa de Lima sustenta sua inocência, alegando que ele jamais esteve envolvido em atividades ilegais ou em qualquer tipo de fuga de investigados.
Agora, os desdobramentos do caso dependem das novas etapas da investigação policial e das decisões que poderão ser tomadas pelas instâncias superiores.