A baixa adesão à vacinação contra a dengue na Bahia está gerando preocupações entre os profissionais de saúde. Com a vacina disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, a realidade é alarmante: das 407,6 mil doses recebidas, apenas 157,3 mil primeiras doses foram aplicadas, e pouco mais de 44 mil jovens retornaram para receber a segunda dose.
Na capital baiana, Salvador, a situação é igualmente preocupante. Dos 58.202 adolescentes que se vacinaram na primeira etapa, apenas 16.592 compareceram para completar o esquema vacinal. A vacina está acessível em todas as 164 salas de vacinação da cidade, mas a falta de procura persiste.
Vânia Rebouças, coordenadora de Imunizações e Vigilância Epidemiológica de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), fez um alerta sobre a situação. Ela explica que o esquema de vacinação é composto por duas doses, com um intervalo mínimo de três meses entre elas. No estado, há um público estimado de mais de 500 mil adolescentes nessa faixa etária, mas a adesão tem sido insatisfatória tanto para a primeira quanto para a segunda dose.
De acordo com dados do Governo Federal, a faixa etária de 10 a 14 anos concentra o maior número de hospitalizações por dengue, apenas superada pelos idosos, grupo que ainda não pode receber a vacina, conforme as diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As autoridades de saúde estão intensificando os esforços para incentivar a vacinação, destacando a importância de proteger os jovens contra a dengue, uma doença que pode ter consequências graves. A baixa adesão à vacina não só expõe a população à doença, mas também pode sobrecarregar o sistema de saúde em casos de surtos.
Com a vacinação em andamento, é crucial que os pais e responsáveis estejam cientes da necessidade de imunizar seus filhos, contribuindo para um futuro mais saudável e livre da dengue.