A dificuldade em conceber filhos de maneira natural pode desencadear uma série de sentimentos negativos, como ansiedade, angústia e frustração, impactando tanto homens quanto mulheres. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 17,5% da população adulta global enfrenta algum grau de infertilidade. Essa condição, caracterizada pela ausência de gravidez após um ano ou mais de tentativas sem o uso de contraceptivos, afeta profundamente a saúde mental e o bem-estar dos envolvidos.
A ginecologista Ana Cláudia Trigo, especialista em Reprodução Humana, ressalta a importância de buscar ajuda especializada, tanto médica quanto psicológica, para evitar que esses sentimentos negativos evoluam para quadros mais graves, como a depressão. “A infertilidade não só pode agravar problemas emocionais, mas também afetar o relacionamento conjugal e o desempenho profissional, exigindo um acompanhamento multidisciplinar para lidar com os desafios”, explica Ana Cláudia, do Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva.
A psicóloga Liliane Carmen Souza dos Santos, também do Cenafert, destaca que práticas de autocuidado, como alimentação equilibrada, sono adequado e exercícios físicos, podem contribuir para a saúde emocional e melhorar a resposta ao tratamento. “É essencial que os casais encontrem formas saudáveis de enfrentar a infertilidade, pois o estresse não só prejudica o equilíbrio emocional, como também pode interferir na fertilidade”, afirma.
Infertilidade é responsabilidade compartilhada
Outro ponto relevante é que a infertilidade é uma condição que pode afetar ambos os sexos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), em cerca de 35% dos casos, a infertilidade é atribuída à mulher, e em outros 35%, ao homem, com 20% dos casos relacionados a ambos e 10% sendo de origem desconhecida. Por isso, é fundamental que o casal faça a investigação conjunta, buscando o diagnóstico preciso e o tratamento adequado para suas respectivas condições.
Além dos fatores biológicos que afetam a fertilidade feminina, como endometriose e alterações hormonais, a médica alerta para a necessidade de combater mitos sobre a infertilidade masculina. “Infertilidade não é sinônimo de impotência ou falta de virilidade, e muitos homens ainda evitam buscar tratamento por medo ou vergonha”, esclarece a especialista.
Com o avanço da medicina reprodutiva, as chances de sucesso nos tratamentos de infertilidade aumentam, oferecendo esperança para os casais que desejam realizar o sonho de formar uma família.
Sobre o Cenafert
Há mais de 22 anos em funcionamento em Salvador, o Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, é referência em reprodução assistida. A clínica já ajudou a trazer ao mundo mais de 3.500 bebês através de tratamentos que vão desde os mais simples até os mais avançados, oferecendo suporte completo para casais em busca de realizar o sonho de ter filhos.