Nesta quinta-feira (17), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) denunciou que mais de 1,1 bilhão de pessoas, um em cada oito cidadãos do planeta, vivem em pobreza aguda. Metade dos indivíduos que vivem nessas condições são menores de idade.
De acordo com o Índice de Pobreza Multidimensional Global (IPM), em zonas de conflito, a pobreza aguda afeta, em média, 34,8% da população, contra 10,9% em países de paz. O Banco Mundial define a pobreza extrema quando uma pessoa recebe, no máximo, 2,15 dólares por dia, equivalente a R$ 12 na cotação atual.
“Nas nações devastadas pela guerra, os índices de pobreza são três vezes mais elevados do que em ambientes mais pacíficos. As privações que as pessoas enfrentam – seja em termos de nutrição, água, saneamento, eletricidade ou educação – são de três a cinco vezes mais graves. Para os pobres dos países afetados por conflitos, a luta pelas necessidades básicas é uma batalha muito mais dura e desesperada”, disse à AFP.
O documento examina a situação de 112 países, onde vivem 6,3 bilhões de pessoas. De acordo com informações, a pobreza afeta mais as zonas rurais (28%) do que as zonas urbanas (6,6%), e os jovens com menos de 18 anos são mais afetados (27,9%) do que os adultos (13,5%) e que a maioria (83,2%) dos pobres do mundo vive na África Subsaariana e no sudeste da Ásia.
Os países mais afetados pela pobreza são Índia (234 milhões), Paquistão (93 milhões), Etiópia (86 milhões), Nigéria (74 milhões) e República Democrática do Congo (66 milhões). Na América Latina, 5,8% da população (34 milhões) sofre de pobreza multidimensional. O Haiti lidera a lista da região, com 41,3% da população em situação de pobreza aguda, seguido pela Guatemala com 28,9%.