Com um total de US$ 994,9 milhões em setembro, as exportações baianas registraram queda de 9,5% do que o registrado no mesmo período do ano anterior. A diminuição no volume embarcado, que chegou a 18% em relação a setembro de 2023, reflete a menor demanda global e a queda nos preços ao longo do ano.
As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
No acumulado do ano, as exportações baianas alcançaram US$ 8,62 bilhões, um aumento de 6,3% no comparativo com o mesmo período do ano passado. As importações foram a US$ 8,33 bilhões, com elevação de 23%. O saldo comercial no período foi positivo em US$ 282 milhões, enquanto que a corrente de comércio, soma de exportações e importações, correspondeu a US$ 16,95 bilhões, alta de 14%.
Mesmo com a previsão de uma safra menor e da queda nas cotações internacionais, a agropecuária continuou liderando a pauta de exportação da Bahia, com um aumento de 2% em setembro, totalizando US$ 502 milhões. No entanto, a indústria de transformação encarou uma queda significativa de 26,1%, chegando a US$ 364,6 milhões. Esse resultado foi fortemente impactado pela queda no setor de refino, que registrou um declínio de 69,7% em relação ao ano anterior. Enquanto isso, a indústria extrativa, embora com menor representatividade, conseguiu um ganho de 3%, com vendas que atingiram US$ 146,8 milhões.
As exportações brasileiras para China, principal destino dos produtos baianos, cresceram 4% em setembro, se comparadas ao mesmo mês do ano anterior. Já as vendas totais para a Ásia caíram 3,7%, mas com uma participação de 54,7% do total das vendas externas baianas no mês. Usando a mesma base de comparação, as vendas para a América do Norte registraram aumento de 20%, embora com participação de 13,7%, enquanto as vendas para a União Europeia desabaram 20,7%.
Por outro lado, as importações baianas mantiveram-se em alta durante o mês de setembro, com um registro de aumento 45% e totalizando US$ 1,03 bilhão. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela alta na compra de combustíveis, que subiu 100%, e de bens intermediários, que cresceram 13,1%. Entre os destaques, as compras de fertilizantes alcançaram uma elevação de 47,4%.
Segundo especialistas, esse aumento das importações é reflexo do crescimento industrial, que está gerando mais empregos e ampliando a renda, o que acaba alavancando a demanda por produtos importados.