Justiça da Bahia ordena internação do acusado pelo feminicídio de Hyara Flor  

Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

por Tabitha Gomes

Publicado em 25/09/2024,

às 09h20

Na última segunda-feira (23), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu pela internação indefinida do adolescente de 16 anos, acusado de assassinar a cigana Hyara Flor em julho de 2023. A medida foi imposta após a condenação do jovem, que já estava detido desde 22 de agosto, quando foi localizado em Itapetinga, Bahia, por meio de uma investigação conduzida por Yago Alves, pai da vítima.

Yago expressou sua sensação de alívio após a decisão judicial, embora reconheça que a dor da perda de sua filha continue. “Minha filha não volta mais, mas ver que quem matou ela está pagando, está condenado, isso é bom. Espero que ele fique lá o tempo que puder, o máximo de tempo possível”, afirmou. A internação do acusado será em regime de medida socioeducativa, com duração máxima de três anos, conforme previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O crime ocorreu em 6 de julho de 2023, quando Hyara foi atingida por um tiro no queixo dentro de sua casa. Inicialmente, a Polícia Civil determinou que o disparo foi acidental, causado pelo irmão do marido da vítima, uma criança de nove anos. Contudo, Yago não se conformou com essa versão, suspeitando que a morte de sua filha fosse resultado de uma vingança orquestrada pelo sogro de Hyara, devido a um envolvimento romântico entre sua esposa e o tio da vítima.

Para contestar a versão apresentada, Yago contratou um perito que analisou a arma do crime, uma pistola calibre 360, e concluiu que não poderia ter sido manuseada por uma criança. A situação se complicou ainda mais em março deste ano, quando o Ministério Público da Bahia (MP-BA) solicitou novas análises periciais. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) encontrou vestígios genéticos do marido de Hyara na arma, o que resultou em sua acusação formal de feminicídio.

O TJ-BA, em respeito ao segredo de justiça, não divulgou detalhes do processo, assegurando a proteção da intimidade da vítima e de sua família. A decisão judicial marca um passo importante na busca por justiça para Hyara Flor e ressalta a gravidade das questões relacionadas à violência de gênero.

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